quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Dias dificeis


Aventura narrada por mim, Dwarf, para meus grandes amigos Skimo e Elfo.
e transcritas pelo Elfo e supervisionada por Skimo.


Dois elfos que não se conheciam, acordaram em um lugar desconhecido pra eles. Um de vestes simples para cidades grandes, mas tinha olhos de cores diferentes, um prata e um dourado; o outro usava roupas de frio e pele de urso que o cobria quase por inteiro. Quando se viram ambos apontaram as armas.
- Quem é você e o que quer? – perguntou o de olhos diferentes.
-Sou Carmachii Yuki das montanhas geladas – respondeu o outro e prosseguiu – Estou perdido, acordei e estava aqui. E quem é você?
- Aegnor, e estou na mesma situação que você, também não sei como vim parar aqui.
Ambos recolheram as armas, mas não estavam sozinhos e logo perceberam, quando os arbustos próximos à clareira onde estavam começaram a se mexer.
- Quem está ai? – perguntou Aegnor enquanto mirava o arco em direção aos arbustos e continuou – Se não se mostrar irei atirar.
Não havendo resposta Aegnor atirou. Rapidamente um homem-serpente saiu do local onde a flecha foi disparada.
- Qual de vocês atirou a flecha – perguntou a criatura mal encarada e irritada com o ato.
Aegnor tentou dizer que foi ele quem disparou, mas antes de conseguir terminar a palavra eu, o homem-serpente a acertou de uma forma bruta com a cauda, que o lançou fazendo-o trombar em uma árvore, e nesse mesmo instante que atingiu a árvore, ele saltou o arco que seguiu por mais uns dois metros.
Apesar do acontecimento, Aegnor ainda estava consciente. Carmachii foi ajudá-lo a se levantar, pegou o arco e com o elfo de olhos diferentes, voltaram para onde estavam.
- Vocês têem sorte de ter sido eu quem os encontrou – disse o homem-serpente – Se eu fosse vocês, sairia logo dessa ilha antes que apareçam.
- Aparecer o que? – perguntou Carmachii.
- Outras criaturas semelhantes a mim e de outras espécies que não serão amigáveis e que representam grande risco para vocês.
- Para onde devemos ir, para qual direção? – perguntou novamente Carmachii.
- Para o leste – respondeu a criatura – em direção ao continente.
- Mas para qual lado fica o leste? – perguntou dessa vez Aegnor – e em que lugar estamos?
- O leste fica a minhas costas. Vocês estão em uma das treze ilhas da morte de Whines – prosseguiu a criatura – Agora vão imediatamente.
Aegnor pede desculpas ao homem-serpente enquanto passa ao seu lado, mas não recebe nenhuma resposta e entende isso como desculpas aceitas e segue caminho em direção ao caminho dito para seguirem.
Depois de caminhar em meio a mata densa por um bom tempo, chegaram até a praia, e onde avistaram ao longe o continente ou o que achavam ser o continente e ficaram pensando em como chegar lá.
- Vamos de submarino – exclamou Carmachii.
- Submarino, o que é isso? – perguntou Aegnor olhando para o elfo.
- Submarino!!! Ai iaiii... visões do futuro!!! – falou novamente Carmachii colocando as mãos na cabeça.
Aegnor ficou sem entender nada do que o elfo das neves falava, e do nada ele pega Carmachii e o joga no mar.
Carmachii tenta nadar, mas a água do mar era tão suave que dava a impressão de que não estava em meio à água e era difícil de se acostumar com ela, e pra piorar a situação, começou a ter câimbras. Nisso o mar o ia levando cada vez mais longe da praia.
Aegnor vendo Carmachii com dificuldade em nadar e se debatendo, achando que o elfo das geleiras não sabia nadar, entrou no mar. Para a surpresa dele, após ter dado dois passos mar adentro já não dava pé, sem contar a sensação igual a que Carmachii sentiu em relação à água.
Aegnor também se debateu um pouco e com dificuldade conseguiu chegar até Carmachii, só que já não era mais necessário, pois Carmachii já se encontrava bem.
Distante de onde estavam, estava passando um barquinho, mas para um pequeno bote, com uma criatura pequena a bordo. Os dois elfos gritaram pedindo ajuda, e para a sorte deles, são atendidos. O pequeno barco vira e segue em direção a eles. Já próximo, vêem que quem estava no barco era um kobold, e como vieram de um lugar onde nunca é bom confiar em kobolds, em suas mentes pensaram que acabaram de piorar suas situações.
- Olá elfos – disse o kobold – posso lhes ser útil?
- Poderia nos ajudar – perguntou Carmachii e concluiu – temos que chegar ao continente, teria como nos levar até lá.
- Meu barco é meio pequeno – respondeu o kobold – não ira caber nós três dentro dele.
- Podemos ir segurando atrás do barco – disse Aegnor idealizando um jeito de não perder uma possível ajuda – assim nem precisaremos entrar no barco e nem ocupar seu espaço.
- Sendo assim irei ajudá-los a chegar no continente – finalizou o kobold.
Por alguns metros remou o kobold até ele e os dois elfos verem um dragão voando sobre eles. O kobold tremia desesperadamente, tentava remar, mas estava totalmente descoordenado fazendo somente o barco chacoalhar, e não parava de dizer – isso não é bom, isso não é nada bom, ele vai me matar, ele vai nos matar. Isso começou a assustar os dois elfos, que, sem pensar duas vezes soltaram do barco, e, antes de mergulharem, viram o kobold sendo rasgado por um machado vindo da direção do dragão, e de uma forma estranha voltando para o mesmo. Quando emergiram não havia sinal do kobold. Então vendo que o barco ainda estava inteiro, subiram nele e então viram o kobold, ou quase isso, uma sena muito brutal feita por uma pessoa.
Aegnor mexe nas coisas do kobold e encontra dentro de um saco duas pedras uma branca e uma azul que ele nunca havia visto e resolve guardar.
A resposta de tanta violência veio depois, e veio montado em um dragão. Um anão desce do dragão e com sua aparência nada amigável e sua voz grave e intimidadora, ele pergunta – me dêem minhas pedras.
- Quais pedras – disse Aegnor perguntando ao anão – como elas são?
Com o olhar extremamente frio respondeu o anão – as que estavam com o kobold, uma é azul e a outra branca.
Aegnor se manteve em silencio que logo foi quebrado pelo outro elfo dizendo – estão com ele, ele os achou no meio das coisas do kobold.
Sem alternativa Aegnor entrega as pedras para o anão, mas com uma vontade de esganar o elfo.
Com a posse das pedras, o anão pergunta - o que vocês dois estavam fazendo junto com o kobold.
- Ele apenas estava nos ajudando a chegar ao continente – falou Aegnor – Estávamos em meio ao mar, apesar de estarmos ainda, ele estava passando e pedimos sua ajuda.
- Já que você matou nossa ajuda – disse Carmachii – você poderia nos ajudar a chegar lá?
O anão sobe nova mente no dragão e somente fala pra os dois - segurem firme no barco. Os dois o fazem, então o dragão bate as asas fazendo com que o barco se mova cada vez mais rápido e criando ondas que fazem com que os dois elfos chegassem até o local desejado.


Continua!

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